Nem só de boas intenções vive uma empresa!

O que você lê?

Este é o mais novo logo da igreja "Teu Céu", criado por um grupo de jovens talentosos e promissores.

Tenho certeza que a intenção deles era uma composição, mas pequenos erros técnicos de design e marketing levaram a uma interpretação duvidosa e como sempre, a internet não perdoa. Se for verdade ou não pouco importa, vale a lição de entendermos a importância de agregarmos profissionais com bagagem técnica para que mais uma vez não se faça valer o ditado do "barato sai caro”.

Durante o desenvolvimento de logotipos, vários testes são aplicados, para avaliar se a imagem funciona em formatos, tamanhos e materiais diferentes. De cara já é possível perceber que esse logo não passaria num teste de redução, devido à tipografia fina utilizada, tornando sua leitura difícil em tamanhos pequenos, como por exemplo, um cartão de visitas ou um detalhe bordado em uma camisa. Contrastes sempre são bons para tirar a monotonia, porém em exagero podem parecer amadores e chamar atenção demais para um elemento indesejado.

Agora, a interpretação dúbia pode ser explicada por uma teoria chamada Gestalt, também conhecida como psicologia da boa forma, que é estudada por profissionais de diversas áreas, como designers, arquitetos e psicólogos.  De maneira simples, ela fala de como o cérebro humano reconhece o todo pela soma das partes.  Os atributos inerentes dos objetos apresentados se misturam com sua experiência pessoal e a soma desses dois fatores é a percepção que temos de algo, seja um objeto físico ou uma peça gráfica.  

Exemplos clássicos de ilusões de ótica utilizados na Gestalt

A Gestalt tem alguns princípios básicos:

- Semelhança: objetos com características em comum (cores, texturas, tamanho ou proximidade) costumam ser agrupados pelo cérebro. Objetos desiguais tendem a se distanciar e estabelecer uma hierarquia entre si.

- Boa continuidade: alinhamento harmônico das formas.

- Pregnância: simplicidade da percepção, para melhor entendimento da forma.

- Fechamento: preenchimento de lacunas visuais, por associação ou conhecimento prévio.

Quando batemos o olho no logo já vemos a letra C bem grande, depois a letra U e a palavra “teu”. Isso acontece porque elas estão em ordem decrescente de tamanho. Associamos letras maiores a coisas mais importantes. É muito difícil ler a palavra “céu” porque nenhuma de suas letras está alinhada, nada indica que esse movimento de leitura é natural. Por fim, a vivência pessoal pode alterar a percepção do logo. Alguns podem ver o sinônimo para anus logo de cara, outros podem ver um elemento oval envolvendo a palavra “teu”, e alguns outros podem até pegar o significado de primeira.

É difícil saber a reação do público a um novo logo, mas é função do designer projetar, testar e prever para as mais diversas situações. E o logo é muitas vezes o primeiro contato do público com sua empresa. Contrate sempre um profissional, pois a primeira impressão é a que fica!




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